Quem é o(a) coordenador(a) pedagógico(a)?

Dentre tantos atores que compõem o elenco deste complexo mundo da escola, composto por gestores, professores, famílias, diretores, crianças e jovens, além daqueles de funções auxiliares como manutenção, alimentação, segurança, entre outros, estão aqueles que conduzem a coordenação pedagógica.

Em linhas gerais, o coordenador pedagógico é o profissional responsável por conduzir os sistemas de comunicação entre todos os atores envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem, de forma a favorecer o funcionamento harmônico e potente de todo o sistema.

Pareceu simples pra você? Pois vamos fazer um passeio pelas principais tarefas da coordenação e estimular nossas reflexões. Seja você é um deles ou não, este artigo pode jogar um pouco de luz e, consequentemente, contribuir para a comunicação entre todos.

Então vamos?

Estruturação do PPP (Projeto Político Pedagógico)

A partir das expectativas e desejos da escola, dos educandos e das famílias, o coordenador pedagógico é quem deve organizar e definir – em conjunto com a comunidade escolar –  as diretrizes do projeto político pedagógico de forma a contemplar os anseios de todos e os valores da instituição bem como garantir a grade curricular.

Definir os processos avaliativos

Ao coordenador pedagógico é entregue a definição e seleção dos instrumentos de avaliação tanto dos educandos quanto dos professores. A partir dos resultados obtidos e da identificação de eventuais gargalos ou ineficiências, atuar de forma a solucioná-los ou amenizá-los.

Acompanhar os processos de ensino/aprendizagem

Possivelmente seja esta a tarefa uma das mais importantes. Quanto maior a capacidade de aproximação com os professores e as crianças e jovens sob sua coordenação, maior será sua chance de afetar positivamente cada criança, que é única.

Este acompanhamento exige do coordenador habilidade de comunicação não apenas para que se aproxime dos professores, mas para que promova de forma equilibrada a aproximação entre todos os entes que compõem a estrutura da escola.

Vale lembrar que a construção dos processos deve passar por todas as áreas do ambiente escolar, extraindo o máximo potencial de cada uma delas em favor dos saberes. Da portaria à diretoria, passando pela cozinha, a limpeza, a manutenção e, claro, as salas de aula. 

Desta forma, a coordenação é responsável pela tecelagem destes fios, para que componham uma única colcha de integração de potências múltiplas, vindas de todos os chãos da escola, a criar o necessário elo entre o ensino e a aprendizagem. 

Outro aspecto, ainda inserido neste contexto dos processos, é a escolha dos livros e materiais didáticos a serem utilizados, bem como projetos e sequências didáticas, considerando o projeto político pedagógico da instituição, adequando sempre que possível as necessidades surgidas no cotidiano das ações.

Formar-se, formar e transformar

O conhecimento em favor do conhecimento. O coordenador precisa ter seus olhos abertos para sua própria formação, para que seja ativo e participativo na formação continuada dos professores e, desta forma, possibilite as transformações necessárias em si e no outro.

Este movimento constante de busca passa necessariamente pela participação em ações formativas, cursos de graduação e pós-graduação, imersões e viagens pedagógicas que favoreçam a aproximação com outros ambientes escolares inspiradores.

Neste quesito, a Diálogos não pode deixar de mencionar sua participação direta na formação destes profissionais, tanto com seu clube de assinatura para professores, Diálogos Embalados, como em suas viagens pelo mundo.

Mas muito especialmente para a coordenação pedagógica, a Casa Diálogos em parceria com A Casa Tombada mantém e promovem um curso de pós graduação denominado COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CARTOGRAFIAS DA DIVERIDADE E DAS SINGULARIDADES NA ATUAÇÃO DO COORDENADOR. 

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Humanizar os processos e as relações

No desempenho de todas as suas atividades, mesmo naquelas mais burocráticas, a coordenação deve cuidar atentamente para a humanização dos indivíduos e das relações que há de haver no coletivo.

Envolto nesta complexa teia de melhora do fluxo de comunicação, de alinhamento das expectativas, do aprimoramento dos processos de ensino/aprendizagem, do cuidado com o grau de satisfação das famílias e de todo o corpo escolar, há de ter sempre o olhar afetivo a todos.

Isso não se resume à simples resolução de conflitos que eventualmente (e muito possivelmente) possam surgir no cotidiano escolar, mas para que este afeto que se deseja fazer chegar sempre às crianças e jovens, seja emanado e recebido por todos.

Manter em torno de si e de seu trabalho este ambiente harmonioso é peça fundamental na construção das necessárias relações entre professores, corpo diretivo e as famílias, reconhecendo e respeitando suas individualidades e diversidades.

A eles é entregue a arte de conduzir as individualidades, tanto para fazer o máximo aproveitamento das potencialidades de cada um, como para identificar e colaborar positivamente nos pontos de deficiência. Para tanto, fazer uso de uma escuta ativa e proativa. 

Seja você é um(a) coordenador(a) pedagógico(a), ou se deseja sê-lo, fica uma reflexão:

Qual é o coordenador que desejo ser? 

Compartilhe conosco suas experiências.