Nada pode ser mais prejudicial ao desenvolvimento de qualquer área da vida humana do que a estagnação e a inércia. Todos os processos evolutivos passam, necessariamente, por alguma espécie de mudança.

Desde que a humanidade foi capaz de registrar sua história, podemos observar que em movimento conjunto com a evolução, estão todas as modificações que esta mesma evolução sugere ou necessita.

Isso não é diferente quando falamos de educação, de escolas e educadores. Vamos pensar juntos?

A postura do educador diante das mudanças

Um dia, alguém propôs uma reflexão sobre a educação, sugerindo que fosse possível ressuscitar um cirurgião do século XIII e imediatamente o levasse a proceder a uma cirurgia em uma sala moderna. Ele sequer reconheceria o ambiente e os equipamentos. Não saberia por onde dar início. 

Mas se fizéssemos o mesmo com um educador? O que ele encontraria numa sala de aula de hoje? O que lhe causaria estranhamento ou desconhecimento? Ou será que o ambiente encontrado hoje seria de tal forma semelhante àquele que ele trabalhara que seria possível seguir com suas aulas normalmente?

Ainda que tantos educadores de referência e estudiosos nos venham alertando e orientando para estarmos atentos às mudanças tão necessárias (e por vezes obrigatórias) que devemos adotar, mesmo assim existe alguma resistência em nós. E por que será?

Porque mudanças exigem esforço e nos tiram do lugar de um conforto já estabelecido para nos entregar a uma nova realidade, onde tudo deverá ser recolocado em seus lugares, tudo precisará ser repensado e muito, muito da velha mobília deverá ser substituída.

Mas isso é absolutamente possível, desde que desejado. Todos somos movidos por nossos desejos e eles são o gatilho de nossas ações. Não atingiremos, nunca, resultados diferentes, se nossos processos forem sempre os mesmos.

Existe espaço para o novo, para o diverso e para o inédito. Basta estarmos conectados com nossos desejos, ter nossos sentidos abertos e estudar muito e sempre.

As escolas e as mudanças

Sabemos que nossas mudanças internas e individuais, como educadores, já enfrentam uma série de dificuldades tanto pessoais como profissionais. Como exigir de um educador que transforme suas posturas e seus olhares se, em seu ambiente de trabalho, não puder dar vazão às suas novidades?

Ora, ora. Nossas escolas (e aqui devemos entender escola como a soma de todas as pessoas nela envolvidas) precisam e devem também estar atentas àquilo que entendam deva ser transformado ou modificado. 

E é importante que se diga que não estamos a defender esta ou aquela matriz, doutrina, abordagem ou metodologia. Estamos tratando de humanidades, vivências, experiências e das próprias necessidades do desenvolvimento humano surgidas nos tempos modernos.

As nossas crianças não são as mesmas crianças de 10 ou 20 anos atrás. Houve significativas mudanças nos perfis destes jovens, em seus hábitos, em suas famílias, em seus brinquedos e roupas. 

Consequentemente em suas angústias, suas necessidades, suas dúvidas e seus anseios. As profissões que eles desejarão seguir são, em grande parte, ainda desconhecidas por nossas escolas. Como administrar este abismo entre os meios e o fim?

É exatamente neste ponto que desejamos tocar. As crianças e jovens precisam deixar de ser apenas um número de R.A. ou uma cifra mensal para serem olhadas como seres humanos a serem edificados em suas estruturas, para que sejam fortes seja lá onde desejarem desenhar seus futuros. Futuros que já são o agora!

E escola não precisa necessariamente se mudar de endereço, razão social ou delinear as cores mais bem planejadas em suas “logos”. Ela precisa se mudar para mais perto das crianças e dos jovens para conhecê-los. Se avizinhar com eles e fazer morada ao seus lados.

A “Casa Diálogos” e as mudanças

Além de nosso conhecido Clube de Assinatura para Professores “Diálogos Embalados”, de nossos cursos de formação “on-line” e presenciais, das nossas Viagens Pedagógicas pelas escolas mais inspiradoras do mundo, temos também nosso cantinho tão querido. A Casa Diálogos.

Aos poucos, muitas mudanças foram se apresentando para nós. Tantas novidades nos nossos Embalados, tantos e tantos novos parceiros de estudo, novas temáticas e novos lugares que visitamos. Estamos sempre abertos às mudanças.

E chegou a vez da nossa Casa Diálogos ganhar inéditos… Novo endereço, novos vizinhos, outras paredes e salas, uma livraria diferente. Ares e espaços em mudança. 

Por enquanto estamos entre caixas, embalagens e novos sonhos para, em alguns dias, desembarcarmos num novo espaço para desembalar nossas novas energias e viver intensamente uma nova realidade.

Você que está conosco de alguma forma, como assinante, como leitor, parceiro, ou apenas nos acompanhando em nossas redes, saiba que você será levado em nosso caminhão para onde formos porque há algo que as mudanças não tiram do lugar: nosso desejo plural de uma educação melhor para todos.

Em breve traremos mais notícias para vocês. Por hora, bora carregar o caminhão conosco?