Imagine receber em nossa casa convidados especiais para o jantar ou o almoço. 12 convidados. Poder  escolher o momento mais propício do dia para esse banquete, assim como a data. Imagine!

É certo que a melhor toalha de enxoval moldará a mesa, as louças mais bonitas do armário (aquelas que são usadas em momentos especiais, sabe? Reveillon, aniversário do esposo(a), comemoração de mais um ano de relacionamento afetivo…) e serão colocadas perante às pessoas que nos são queridas e farão parte desse delicioso ritual. E os talheres? Bora fuçar nas gavetas e encontrar os pares que mais combinam. Chega o momento da escolha dos copos, temos 12 copos iguais? Muito possivelmente não! Será um tal de verificar o tamanho, o formato e os desenhos dos que temos disponíveis e, do melhor jeito para organizá-los à mesa. Às vezes, copos e taças serão disponibilizados, não há problema, só vamos evitar o uso do copo de requeijão neste momento tão especial! 

Os convidados chegam e tomam os lugares pré-definidos por nós. Brindam entre si esta comunhão entre diferentes olhares sobre a educação e compartilham ideias. 

Nós, como bons anfitriões, também nos fazemos presentes a cada tilintar de copos e taças. Sorvemos do líquido e de tanta sabedoria. Entrelaçamos as próprias experiências ao que dizem e saímos, após o encontro, nutridos de conhecimento, afeto e conjugando o verbo esperançar na ponta da língua. 

Imaginou? 

Quem sentou-se ao seu lado? Quais experiências gostaria de compartilhar com essa pessoa? Ela é uma inspiração em seu percurso profissional?

Permita se lambuzar com tudo o que será oferecido neste banquete.  Não hesite em repetir o prato principal, a bebida e a sobremesa. Ah, a sobremesa! Doces sempre carregados de histórias. 

Nós duas, por aqui, já abrimos mão do uso até de guardanapos e nos entregamos, de corpo inteiro. Bebericamos entre uma e outra entrada, nos deliciamos com as comidas e nos nutrimos de palavras. Boas palavras!

Na obra “ENTRE SABORES E SABERES: experiências e reflexões sobre gestão escolar e formação docente”, Cristiano Rogério Alcântara e Ana Lúcia Borges nos convidam a um banquete entre educadores e educadoras que vivem o chão e o céu da escola e outros educadores que nos acompanham nas reflexões sobre essa vivência e nos ajudam a pensar no mesmo céu e no mesmo chão, os da escola.